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DOR NO OMBRO - DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO


A queixa de dor no ombro aumentou vertiginosamente no

s últimos vinte anos, sendo responsável por aproximadamente 16 por cento de todas as queixas de dor musculoesqueléticas. A cada dia que passa o número de lesões nessa nobre articulação, infelizmente, só cresce. Isso se dá por diversos possíveis fatores: início repentino na prática de algum esporte, sem antes haver um preparo e fortalecimento prévio; sedentarismo; movimentos repetitivos acima da cabeça; e muito frequentemente, a permanência em uma postura inadequada, como a de deixar os ombros caídos para frente durante um longo dia de trabalho (quem nunca, ne?).

Os incômodos variam desde dor irradiada para a parte das costas e escápula; dor pontual na região do ombro; dor e limitação ao levantá-lo durante as atividades do dia a dia; fraqueza no membro superior; estalidos constantes enquanto a articulação é movimentada a até problemas para dormir por não encontrar a “posição ideal” para o braço

Particularmente eu tenho um apreço especial pela articulação do ombro, talvez porque ela seja uma das mais completas e complexas do corpo humano. Ela possui mais mobilidade do que qualquer outra articulação do corpo e é projetada para permitir milhares de posicionamentos possíveis (levando em relação cada grau de movimento, aproximadamente 16000 diferentes posicionamentos). Tudo isso para nos permitir alcançar, manusear e lançar objetos com nossas mãos de forma vasta e arrojada.

Diversos esportes impõem estresses ao ombro ao necessitar repetidamente que o braço seja elevado acima da cabeça, como no caso do vôlei, natação, tênis (sobretudo nos saques), crossfit, dentre outros. Contudo, pequenas tarefas do cotidiano, como pegar e guardar objetos que estejam no alto, ou abotoar um sutiã, podem ser dolorosas para quem sofre de alguma lesão no ombro.

Na verdade, a articulação do ombro é composta de 4 articulações, envolvendo os ossos do esterno, clavícula, costelas, úmero e a escápula. Para compensar tamanha mobilidade permitida, é necessário a presença de elementos que confiram estabilidade à articulação como os ligamentos e os músculos (afinal, excesso de mobilidade gera instabilidade e excesso de estabilidade gera rigidez). Então, os músculos juntamente com as articulações, devem trabalhar como uma unidade altamente sincronizada e harmoniosa. Se uma destas articulações não consegue se mover corretamente ou se os músculos estão desequilibrados, certamente uma lesão marcará presença!

Além da já sabida importância no processo da cura, o acompanhamento de um fisioterapeuta pode ser muito importante na PREVENÇÃO da lesão também. Orientações simples como a de manter o braço mais próximo ao corpo enquanto realiza funções cotidianas (como por exemplo flexionar o cotovelo ao mexer uma panela e manter o braço junto à lateral do tórax) e corrigir a postura durante o serviço, se policiando constantemente para contrair os ombros para trás, mantendo-os sempre em contato com o encosto da cadeira), já ajudam a evitar algumas alterações. Além disso, o fortalecimento da musculatura estabilizadora do complexo do ombro (através da prescrição de exercícios funcionais e terapêuticos); a manutenção de uma boa mobilidade da articulação (com trabalhos de terapia manual, alongamentos e automobilizações); e uma boa coordenação motora entre a escápula e o ombro (com treinos neuromusculares) são aspectos indispensáveis a serem trabalhados em todos aqueles que têm e pretendem se livrar, ou não têm e pretendem se prevenir da DOR NO OMBRO.

Nos próximos artigos iremos descrever os processos que envolvem algumas patologias específicas que afetam a articulação do ombro e como podemos prevenir e tratar essa dor.

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